AULA VERDE - NA FAZENDA DE CRIAÇÃO DE PEIXE
Tilápia: criação tipo exportação
19 /12/ 2006 - Délcio Rocha
O cultivo e o processamento de tilápia se multiplicam no Brasil, incentivados pelos consumidores estrangeiros. Pólos de cultivo e processamento de tilápia se multiplicam no Brasil, impulsionados principalmente pelo interesse dos consumidores dos Estados Unidos e da Europa
A tilápia deu a volta por cima. Tida como praga no Brasil até meados da década de 1970, em pouco tempo tornou-se um dos peixes mais requisitados do mundo. Versátil, de sabor suave e agradável, a espécie, de origem africana e introduzida no país na década de 1940, vive seu apogeu. "O filé branco sem espinhas e o sabor quase neutro possibilitam que ela seja adaptada a qualquer cozinha internacional. Ela não concorre com nenhum outro peixe. Ganha um espaço próprio", diz Luis Henrique Barrochelo, gerente do frigorífico Tilápia do Brasil, um dos maiores exportadores do país.
E é justamente o aquecimento da demanda externa que está dando novos contornos à aqüicultura brasileira. Estatísticas indicam que a produção global crescerá 50% até 2010, quando o mundo estará produzindo algo próximo de três milhões de toneladas da espécie. O desenvolvimento da atividade no Brasil tende a acompanhar o ritmo do mercado internacional. E, se depender dos esforços internos, tanto da iniciativa privada quanto do poder público, o país promete não fazer feio diante dos maiores produtores mundiais, entre os quais já se destaca no oitavo lugar do ranking.
O peixe em números
• O Brasil produz cerca 70 mil toneladas de tilápia
• Esse negócio já movimenta 105 milhões de dólares por ano no país
• Os Estados Unidos são os maiores compradores do peixe, adquirindo 135 mil toneladas por ano no mercado mundial
• A China é o maior produtor do planeta e responde por 45% da oferta global